Tuesday, October 23, 2007

VERDES QUE NÃO VEJO

QUE JARDINS SÃO ESSES...
QUE NÃO VEJO?
JARDIM DAS ROSAS, JARDIM IRENE
JARDIM CASTRO ALVES, JARDIM VAZAME
JARDIM SELMA, MONTE AZUL
SÃO BERNADO, CAMPO BELO
JARDIM SANTO EDUARDO, IMBÉ
JARDIM COMERCIAL, DOM JOSÉ
QUE JARDINS SÃO ESSES QUE NÃO VEJO...
CADÊ O VERDE, OS PÁSSAROS A CANTAR
CADÊ O JARDIM QUE NÃO VEJO
CADÊ O JARDIM ONDE ESTÁ?
VEJO BECOS E VIELAS
BARRACOS AMONTOADOS
CRIANÇAS BRINCANDO DESCALÇAS...
CRIANÇAS BRINCANDO NO BARRO
E O VERDE NA TUREZA
PARQUES QUE NÃO EXISTEM
PARQUE FERNANDA, SANTO ANTÔNIO
PARQUE IPE, ARARIBA
PARQUE DOM PEDRO, PIRAJUSSARA
PARQUE DO LAGO, NOVO MUNDO
QUE PARQUES SÃO ESSES QUE NÃO VEJO...
OH! QUAL SERIA O MEU DESEJO
DE SENTIR O CHEIRO DO VERDE NO AR
CADÊ O PARQUE QUE NÃO VEJO
CADÊ O PARQUE ONDE ESTÁ?*



*Fuzzil

Friday, October 19, 2007

Blog.


De cara nova, para tornar a leitura um pouco mais confortável.
agradeço a todos .
grande abraço;

Café com Letras.

Coluna :O viver me provoca

Manifesto da indgnação;

Acabo de assitir o novo ícone de aldiência do cinema nacional: Tropa de Elite , vulgo BOPE.
E também fiquei indignado.A subtração dos sentimentos que vão sendo expostas nas personagens não passou, pra min, de ato simbólico do quadro da situação real,cotidiana, da população brasileira .População não, porque o termo população em terras TUPINIQUINS se subdvide, em POVO e elite .É do povo o sentimento de conformismo.É do povo, que vê as cenas se tornarem rotineiras em seus quintais.É o povo que vê seus filhos se tornarem traficantes , porque a ambição humana não permitiu a eles, os filhos, se conformarem em não usar a roupa da moda , ou não viver na MALHAÇÃO.Sim , pois não se enganem , em terras TUPINIQUINS ,povo ou elite,índio qué apito, quer comida, quer vida!
O que mais me intriga é o "cordial" comentario que escutei , da minha família, após o filme:
"BANDIDO TEM QUE MORRER MESMO" .Isso de fato me choca , entristece.
A que ponto estamos? Será que estamos tão alienadas que desejamos a morte de gente , (Acredito que na maioria das vezes quem pode escolher não se torna traficante) que poderia ser bem melhor que estatística?
Deus, será que não sabemos que traficante morto , virá noticia hoje, estatística amanhã e passado depois,e, que sá, um documentariozinho?
Enquanto o consumo de drogas não for controlado, infelizmente, haverá traficantes .Temos as receitas de dezenas de países que conseguiram controlar essa situação, desde punições mais severas até a liberação controlada do uso da droga.
Por quanto tempo terei de ouvir, da minha família até ,que a solução é a morte de criminosos?Não quero defender criminosos, mas não quero ver os filhos desta gente (POVO) morrer mais.

No mais, desisti de apelar a governantes, isso é só mais um texto desesperado que não muda nada.

No fim digo...( quanto a minha família, e provavelmente a de vocês)

"Senhor pedoaí-vos ,eles não sabem o que DIZEM"


A opinião do autor.


Ramon Chaves.

Wednesday, October 17, 2007

A Balada da Herança.

Nota prévia:
'Finalmante mais um texto do Marcio .
Agradecido Marcio obrigado cara" Ramon Chaves.


A balada da herança.
Veja o olhar triste do negro
Ao ver seu irmão no tronco.
Apanhando por tentar fugir
Ir correndo pro quilombo.
Veja a linda negra rezando,
Pedindo a proteção,
Pra que de forças para o negro
Se livrar da escravidão.
Zumbi grande guerreiro,
Que morreu lá por Palmares.
O dia nunca é feliz
Pra quem não tem a liberdade.
Solitário é o negro,
Pois vive acorrentado.
E não sabe o valor de ser livre
Nem o que é ter vaidade.
Sonha em um dia tê-la,
Mas nem sabe o que é.
Pois trabalha o dia inteiro,
Cortando cana, colhendo café.
Mas sabem da capoeira
E Nela botam fé.
Pois tem uma ginga bem maneira
De não deixar ninguém de pé.
A capoeira é a esperança,
Por que ela tem muito axé.
Pois liberdade não é vingança.
E a liberdade o negro a quer.
A vingança deixa por conta
De Deus quando vier.
O negro quer o amor,
O negro quer se casar.
Negro e índio foi meu avô,
Que nasceu em Belém do Pará.
De nada físico lhe pareço,
Mas o mais belo eu pude herda.
O jeito índio de ser
E a capoeira pra jogar.
De Pernambuco também tenho a poesia.
Eis que sou poeta do amor,
Da dor e de Maria.
Maria minha mãe,
Mais bela que a poesia,
De uma vida triste e sofrida.
Mas de muitas alegrias.
Maria da pele branca e macia,
Dos cabelos pretos e lisos.
De uma inocência sem igual
Herdada de seu pai índio.
Oh, os índios eis que também muito sofreram
Nas mãos dos brancos malditos.
Que não eram poetas
E nem tão pouco amigos.
E por serem mais fortes e organizados
Mataram muitos índios.
Fazendo da real população brasileira
De sua própria terra
Quase serem extintos.
E sofrem muito
Por não poderem ser
Quem realmente são.
Andar nu e inocente
Adorar a terra querida,
A lua bonita e sol estrela de fogo.
Mudaram seu jeito de ser
Seu jeito de adorar.
Pois Deus é a terra
A lua, o sol e o ar.
Que diferença faz
O jeito de adorar?
A bela índia nua chora
Chora ao cantar,
Pois sente a dor do sofrimento
E a maldade aumentar.
Os índios são médicos
E sabem amar,
Mas também se preciso
Sabem odiar.
Pois é lindo um arco e flecha,
Mas é feito pra matar.
Tão perfeito é o machado
Que foi feito pra cortar.
Tão igual ao amor és belo,
Mas de nada me serve
Senão pra machucar.
E isso faz o amor ser real
Enquanto durar.
Pois ninguém nasce nessa vida
E morre sem amar.
Marcio Vidal Marinho.
.

Tuesday, October 16, 2007

noticias

Semana passada foi maravilhosa pro mundo cultural e literário em Sampa.

O corredos literário foi ótimo e todos que puderam aproveitar , no mínimo se divertiram.

Tivemos o aniversário , feliz data, do Criadro de Macunaíma, Mario de Andrade e, também o aniversário , nem tão bom assim, da morte do querido Amigo Guevara.

Enfim . também lamentamos muito pela morte do espétaculo Paulo Autran.

Ai de nós.

Quero também comunicar as novas postagens que estão por vir, que incluem desde a publicação de alguns textos do poeta , novo conhecido, Berimba de Jesus, que ao ser perguntado que tipo de literatura escreve , diz entre outras coisas " A literatura é universal a minha é maloqueirista".Também coisas novas do Marcio Vidal ...Que vive a me enrrolar...

Aguardem e muito obrigado.

Friday, October 12, 2007

Luto.

Acabo de chagar do corredor literário, evento que esta acontecendo na Avenida Paulista.
E recebo a triste noticia da morte de um dos melhores atores que a dramaturgia brasileira já teve.


Morre no dia 12/10 Paulo Autran.

Amanhã,mais novidades.
boas e ruins.

Monday, October 08, 2007

Parabéns

A Mario de Andrade. 09/10

Criador de Macunaíma ,o herói sem escrúpulos.

Friday, October 05, 2007

Famélico.

Eis em suas mãos FAMÉLICO
Poesias de Marcio e Fuzzil
Dois guerreiros periféricos
Atormentados pela fome de conhecimento.
Que não se coformam com a injustiça
existente no Mundo.
Que não esperam o tempo passar
Que vão pra cima sem dó.
Procuram passar em seus versos
o cotidiano, a simplicidade,
e a guerra.
Fuzzil morador do Capão Redondo.
Marcio morador do Jd. Ângela.
Juntos lançam esse zine poético
o primeiro de muitos que estão por vir
Preparen-se ,para os que vivem do nosso jeito
Atormentados por conhecimento...
Boa leitura.


Os autores.

Levi de Souza conhecido como FUZZIL.
Nasceu em 27/08/1976 em algum lugar de São Paulo;
Rapper, educador e poeta, integrante do grupo OS GUERREIROS.
Fundador do projeto SEJA CRIATIVO e autor do livro "UM PRESENTE PARA O GUETO".

MARCIO VIDAL MARINHO.
Nasceu em 21/05/1984 em algum lugar de São Paulo.
Educador poeta .Proponente do projeto CINESTRANSE :SEXUALIDADE E CINEMA NA ADOLESCÊNACIA.

Poesia Concreta

Amar.
Sempre amar.
Amar sempre.
Sempre.
Viver .
Intensamente viver.
Viver intensamente.
Intensamente.
Amar, viver.
Viver e amar.
Intensamente amar e viver.
Amar intensamente para viver.*
* Marcio Vidal Marinho

Trianon

Longe das ruas de Terras
Do Capão conhecido
Dos becos e vielas
Lugar onde vivo.
Longe do Parque Fernanda
Longe do gueto querido
Longe do Parque SAntos Dias
Eis me aqui... na Paulista.
Longe de casa ...só
Longe da amada ...ô
No Parque Trianon...
Cercado de árvores
Brisa na face.
Enquanto escrevo meus versos
Os pedestres passam.*
*Fuzzil